Rossana Araripe Lindote
Hoje comprei uma agenda para 2025. De papel. Comprei uma agenda novinha em folha, para organizar minha agenda do próximo ano. Conforme o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a palavra “agenda” tanto pode significar uma série de compromissos, encontros ou assuntos a serem tratados, como o próprio livro onde eles são anotados.
E eis que me vejo diante daquelas folhas em branco, que me convidam a preencher a primeira página com os meus dados pessoais e a registrar nas páginas seguintes, tudo que eu quero ou preciso fazer no próximo ano, sejam planos a curto, médio ou longo prazo. E é com verdadeira volúpia que eu estreio aquela brancura, fazendo constar naquelas páginas os meus sonhos, planos e obrigações. Anoto a lápis, como minha mãe me ensinou, deixando “espaço” para arrependimentos ou imprevistos.
Creio que muitas pessoas além de mim sentem essa mesma fascinação pela folha em branco e pelo que ela representa: um mundo de possibilidades. É como ser criança e ganhar um caderno novo para desenhar o que quisermos. Incluir na agenda um desejo é o primeiro passo para sua materialização. É como sacramentar uma promessa a si mesmo. Mas nem só coisas boas incluiremos na agenda. Também anotaremos as coisas chatas ou difíceis que precisamos fazer. Quando marcamos uma data para elas, nos concedemos tempo para nos preparar e, ao mesmo tempo, liberamos o nosso momento atual para pensar em assuntos mais agradáveis.
O ano está quase terminando e nós começamos a nos agitar, fazendo ou reformulando planos para o futuro próximo. Inevitavelmente refletimos sobre o que fizemos no ano que está findando, avaliamos o que deu certo e lamentamos o que deu errado, segundo a nossa ótica.
Uma agenda, seja em papel ou digital, serve para registrar nossas prioridades: o que deve ser antecipado e o que pode ser postergado. Reestabelecer as nossas metas de forma realista é importante, elas vão nos prover de motivação para seguir em frente, a partir dos recursos que temos ou que podemos conquistar.
A vida transcorre em um processo contínuo, e a divisão do calendário em dias, meses e anos é uma convenção humana. Contudo, nós apreciamos considerar que há à nossa frente uma nova oportunidade de tentar outras estratégias para conseguir alcançar nossos objetivos. A esperança renasce de mãos dadas com a ansiedade, e lá vamos nós.
Recomeçar é a nossa vocação!