Rossana Araripe Lindote
Nós construímos a nossa identidade e constituímos nosso “eu humano” a partir do olhar do Outro, estando representados aqui todos os que marcaram presença em nossa trajetória desde o início da nossa existência, nas relações interpessoais que vivenciamos.
Somos um conjunto formado pela nossa natureza - nature - e pelo que aprendemos com os nossos cuidadores - nurture - integrado às experiências que vivemos, que formam nossas crenças e influenciam os nossos comportamentos.
É natural que a nossa autoestima esteja ligada em alguma medida ao feedback – implícito ou explícito – que recebemos das pessoas com as quais nos relacionamos. Todos nós necessitamos de reconhecimento e autoafirmação.
Contudo, é preciso observar que a opinião do Outro a nosso respeito também é influenciada pela sua visão de mundo, formada a partir dos fatores que o constituem e não representa uma verdade absoluta.
Voltar o nosso olhar para dentro de nós mesmos, exercitando a autopercepção, nos trará a compreensão das nossas habilidades e dificuldades. A aceitação de nossas próprias características, como seres em processo de amadurecimento, contribuirá para o nosso amor-próprio, que não deve ser confundido com egoísmo.
Quem se aceita como ser único, se cuida, se protege e se respeita. Assume a responsabilidade por si mesmo e se torna o protagonista de sua própria história. Quem ama a si mesmo, se torna mais apto a amar o Outro.
E o Amor muda tudo!