Rossana Araripe Lindote
Nosso corpo foi biologicamente programado para alternar entre repouso e movimento. Essa alternância favorece o bom funcionamento dos sistemas cardiovascular e respiratório e sua integração harmoniosa com muitos outros sistemas e processos dentro do nosso organismo, o que se traduz em saúde.
Se uma pessoa saudável permanecer deitada por uma semana, sem se movimentar, ao final desse período terá dificuldade para caminhar. Se ela se mantiver deitada e parada por várias semanas, sequer conseguirá firmar o pescoço na primeira tentativa e precisará de reabilitação.
Os nossos antepassados não dispunham dos recursos da modernidade e precisavam alternar o repouso com muitos esforços físicos para garantir a sua sobrevivência e a sua segurança. Hoje, com o desenvolvimento da civilização, não é necessário tanto esforço. A tecnologia facilita o acesso a bens e recursos, especialmente para aqueles entre nós que dispõem de ferramentas tecnológicas mais sofisticadas. Basta mover os dedos para trancar a casa, para acessar o disk-tudo e suprir a geladeira e a despensa, para deslocar-se entre os andares de um edifício ou para se comunicar com pessoas à distância, entre outras facilidades resultantes do avanço científico.
Em consequência, na contemporaneidade, nós nos movemos menos. E o corpo humano sofre com a falta de movimento. O repouso excessivo não permite a ativação da dinâmica própria do nosso organismo e perturba o ritmo natural para o qual ele foi criado.
Precisamos compensar de algum modo esse desequilíbrio. Os exercícios físicos em geral, incluindo-se os esportes em qualquer modalidade, podem contribuir imensamente para a nossa saúde integral! Observe com atenção o seu corpo e se perceber que não o está estimulando o suficiente com uma vida ativa, não hesite:
mexa-se mais!
