Sonhar é um dos atributos de nossa humanidade. O desejo é o que nos motiva, é o que nos mobiliza na direção das mudanças, do crescimento e das realizações. A capacidade de visualizar algo que não está presente, ou de modificar para melhor alguma coisa que já existe em nossa vida, alimenta a nossa esperança, anima a nossa alma.
E aí ouvimos: “não ponha o chapéu onde a mão não alcança!” A ideia contida nesta frase de alerta é que não devemos sonhar com algo que seja impossível de realizar, e nela está implícito o entendimento de que isso pode causar frustração. É possível que este conselho tenha influenciado em grande parte o nosso desejo e limitado a nossa capacidade de sonhar. “Frear-se para não frustrar-se”, podemos ter decidido em alguns momentos de nossa vida, a respeito de aspirações em diversas áreas de nosso interesse.
Talvez tenhamos nos sentido em conflito em várias ocasiões em que nossos sonhos pareciam não ter chance, e isso tenha nos levado a desistir deles, o que certamente nos conduziu à decepção. Ou tentamos realizar algo, sem avaliarmos possibilidades, recursos ou objetivos, e quando os planos não deram certo, a frustração também nos atingiu.
O que fazer quando sentimos um anseio que não parece viável dentro de nossas condições atuais? Quando o desejo pulsa em nós, mas não cabe em nossa realidade do momento? Desistimos antes de tentar? Caímos de cabeça para ver o que acontece?
Há uma opção melhor para transformarmos sonhos em planos, e planos em conquistas. Inclui coragem, que se diferencia de temeridade. Ninguém desbrava um território desconhecido sem uma bússola, uma lanterna e um mapa. O chão da realidade por vezes é duro, mas é nele que nos movimentamos em segurança, sem o risco de afundarmos nas areias movediças da imprudência. Quais as circunstâncias de nossa vida que podem ser alteradas? Quais os meios à nossa disposição para modificá-las? Que tempo, energia e recursos financeiros precisaremos investir para concretizar nosso intento? Após essa análise, se avaliamos os riscos e concluímos que vale a pena tentar, então vamos arregaçar as mangas, e passo a passo, sem hesitações, confiando em nossa força, poderemos nos dedicar à realização de nossos sonhos possíveis.

QUEM ASSUSTA QUEM
Eu tinha o hábito de passar por lá em quase todos os finais de semana. Ia àlocadora que ficava a