Escrever um livro é como gestar uma criança desejada.
Primeiro vem o anseio. Uma vontade de criar algo. Seja um trabalho de ficção ou não, a partir de memórias, de emoções ou de pesquisas, escrever requer decisão: um propósito firme de deixar um legado, de eternizar um pouco da alma, expondo-a para outros.
Quem começa a escrever logo descobre que haverá esforço. Precisará aceitar que a frustração e o júbilo o visitarão alternadamente. Trata-se de recrutar ideias que passeiam pela mente, às vezes fugidias como estrelas cadentes, outras, insistentes, reclamando atenção. Depois é preciso dar-lhes uma forma compreensível, elaborá-las para que façam sentido, enfileirá-las em uma sequência, se não lógica, ao menos, compreensível.
Avançar e retroceder vezes sem conta, apagar e reescrever outras tantas. Corrigir as sutilezas da gramática no idioma escolhido: concordância, regência, acentuação, pontuação, e ortografia. Isso ainda é criar? O que as regras da forma e das convenções têm a ver com minha história? Não seria aprisionar uma borboleta para que possa ser apreciada? Há controvérsias, e estas não cabem aqui.
Só queria avisar que meu bebê nasceu: “A VIDA NÃO DESISTE”. Meu primeiro romance individual. Neste momento me sinto muito gratificada. Esse livro foi tecido com emoções, sentidas em experiências próprias e alheias. Classifica-se como ficção, mas narra dores e alegrias reais da vida em interações humanas autênticas. Uma vida que sempre vale a pena experimentar, por esses motivos e apesar deles.
Escrever é encontrar as emoções desnudas, vesti-las com palavras e fazê-las desfilar para o leitor.

QUEM ASSUSTA QUEM
Eu tinha o hábito de passar por lá em quase todos os finais de semana. Ia àlocadora que ficava a