NOSSAS FOMES

Roberto Shinyashiki é escritor, palestrante, psiquiatra e empresário brasileiro que sempre se preocupou com as dores da alma. Autor de diversas publicações relacionadas ao tema, lançou em 1985, seu primeiro livro “A Carícia Essencial”. Nesta obra, ele nos fala das diversas fomes que sentimos desde o início de nossa vida: fome de alimentos, de contato humano, de estímulos… Algumas dessas fomes se relacionam à própria sobrevivência e desenvolvimento de cada ser, como a necessidade de alimento e de abrigo. Contudo, ainda que tudo isso seja necessário, não é suficiente para a vida humana.

Ele também comenta sobre outras duas fomes: fome de estrutura e fome de incidentes, presentes em todos nós, variando de intensidade de uma pessoa para outra e aparecendo em maior ou menor grau a depender do momento.

Sentir fome de estrutura significa que carecemos de pontos de referência que confiram estabilidade à nossa vida. Uma certa previsibilidade é essencial para que possamos organizar satisfatoriamente o nosso cotidiano. Sem isso, ficaríamos constantemente ansiosos e inseguros.

A fome de incidentes, ou de acontecimentos que surjam como surpresa, nos trazem excitação e um senso de novidade. O inesperado nos mobiliza emocionalmente, provoca o nosso interesse e nos afasta do tédio.

Essas fomes são naturais e se forem bem administradas podem colaborar para o nosso bem-estar em vez de nos causar inquietação. O autoconhecimento constitui um meio poderoso para compreender qual dessas fomes predomina em nós a cada fase, e que emoções elas provocam. Assim, podemos direcionar nossas atitudes e comportamentos, buscando a harmonia entre os nossos estados de espírito e o ambiente social que nos circunda. Seremos capazes de tomar melhores decisões na vida que criamos dentro das nossas circunstâncias.

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